Na passada quinta feira, a convite de dois amigos que trabalham na M&Costas Power, realizei um test drive ao Honda e. Se nas fotos o carro é bonito, então ao vivo é incrível! Esteticamente é uma pérola, que se destaca no meio de uma gama de grande qualidade, mas com todos aqueles traços vincados e um pouco desinspirados. Só pelo aspeto, sem olhar a especificações e características, já dá vontade de ter um!
O carro é bastante compacto, mas um pouco mais alto que aquilo que eu pensava. O desenho circular dos faróis e dos farolins é absolutamente delicioso e dá-lhe um caráter distinto. Com os puxadores integrados nas portas e com câmaras no lugar dos espelhos retrovisores, o carro apresenta uma imagem muito limpa e, ao mesmo tempo, futurista.
Digam lá se estes olhinhos não estão mesmo a pedir para levá-lo para casa...
A abertura das portas é semelhante ao Model 3. O puxador, mesmo com as portas destrancadas, continua integrado na porta, pelo que é necessário carregar numa das extremidades para que o puxador fique acessível para proceder à abertura. Não é prático e requer habituação. Preferia uma solução mais fácil, tipo Model S, i-Pace, Ioniq 5... com puxador automático. Outra solução utilizada pela Honda neste carro é a ausência de moldura nas portas. Esteticamente resulta muito bem, mas perde-se aquela robustez que muitos apreciam.
Na frente não há frunk, pois o compartimento é ocupado na totalidade pelo motor e restante artilharia. Só reservatórios de líquido de refrigeração são 3!! Atrás, na bagageira, há espaço para um pequeno alçapão, onde estão guardados o kit de emergência, triângulo, colete e o EVSE. Na zona de carga existe algum espaço para algumas compras, alguns sacos, nada mais. É uma bagageira mesmo pequena, em linha com a natureza citadina deste pequeno Honda.
A porta de carregamento, em vidro, tem abertura no interior e através da chave, e apresenta um aspeto muito cuidado. Podia ser uma portinhola normal, em chapa ou plástico, como toda a concorrência tem, mas não, é uma bela peça robusta em vidro.
A nível de interiores é, também, muito diferente daquilo a que estamos habituados neste segmento. O que mais salta à vista é, sem sombra de dúvida, a profusão de ecrãs. São tantos que até chega a ser desconcertante!! Basicamente temos os dois retrovisores digitais e, entre eles, ecrãs / monitores, nada mais! Parece o cockpit de um avião!! Para além de podermos controlar e configurar quase tudo nos ecrãs, existem algumas funções operadas por botões físicos dedicados, tais como o volume do rádio ou o A/C. No volante também temos alguns botões, que ajudam a tornar a condução mais confortável. Gosto bastante deste equilíbrio.
Também não faltam tomadas para tudo e mais um par de botas, quer à frente quer nos lugares traseiros. Excelente!!
O ambiente a bordo é bastante bom. Os bancos são confortáveis, a posição de condução idem (mais elevada que o esperado) e a decoração um mimo! Duas tonalidades de tecido a revestir as portas, cintos de segurança em tom castanho e alguns apontamentos a sugerir madeira, sem o ser. Nos lugares traseiros o espaço não abunda, mas é suficiente para dois adultos que não tenham pernas muito grandes. No global tudo muito bem combinado, bem montado, com materiais agradáveis ao toque, excetuando os plásticos, que são para o rijo. Mas tudo tem aspeto sólido!
A condução também é de bom nível. Tração traseira, 150 cv, muito célere nas acelerações e recuperações, muito ágil e bastante "colado" ao chão. Sente-se mesmo o efeito do peso da bateria sob o piso. É estável a velocidades elevadas e até dá a sensação de estarmos a conduzir um carro de segmento superior. A brecagem é inacreditável e está ao nível de um carrinho de choque, o que é excelente para a cidade. A regeneração é modelável de acordo com a preferência do utilizador, sendo possível conduzir apenas com o pedal do acelerador (incluindo imobilizar o carro completamente). Na calçada portou-se bem, com uma insonorização bastante boa.
Este Honda e que conduzi já se manda para os quase 40k eur. Com campanhas e incentivos já vem para uma valor mais interessante, desde que existam. É o carro ideal para condução urbana e suburbana. Tem uma bateria de 35,5kWh (apenas 28,5kWh úteis), com refrigeração líquida, mas não é especialmente rápido a carregar (56kW DC). Não tem perfil para carro de família, pelo espaço reduzido a bordo e bagageira quase inexistente. Também não é o pináculo da eficiência. Faz-se valer, isso sim, de uma estética absolutamente icónica e de muitos mimos para os ocupantes. Racionalmente é difícil de justificar tanto dinheiro num carro destes, mas este é daqueles que puxa mais pelo lado emocional!
Adorei!
O carro é bastante compacto, mas um pouco mais alto que aquilo que eu pensava. O desenho circular dos faróis e dos farolins é absolutamente delicioso e dá-lhe um caráter distinto. Com os puxadores integrados nas portas e com câmaras no lugar dos espelhos retrovisores, o carro apresenta uma imagem muito limpa e, ao mesmo tempo, futurista.
Digam lá se estes olhinhos não estão mesmo a pedir para levá-lo para casa...
A abertura das portas é semelhante ao Model 3. O puxador, mesmo com as portas destrancadas, continua integrado na porta, pelo que é necessário carregar numa das extremidades para que o puxador fique acessível para proceder à abertura. Não é prático e requer habituação. Preferia uma solução mais fácil, tipo Model S, i-Pace, Ioniq 5... com puxador automático. Outra solução utilizada pela Honda neste carro é a ausência de moldura nas portas. Esteticamente resulta muito bem, mas perde-se aquela robustez que muitos apreciam.
Na frente não há frunk, pois o compartimento é ocupado na totalidade pelo motor e restante artilharia. Só reservatórios de líquido de refrigeração são 3!! Atrás, na bagageira, há espaço para um pequeno alçapão, onde estão guardados o kit de emergência, triângulo, colete e o EVSE. Na zona de carga existe algum espaço para algumas compras, alguns sacos, nada mais. É uma bagageira mesmo pequena, em linha com a natureza citadina deste pequeno Honda.
A porta de carregamento, em vidro, tem abertura no interior e através da chave, e apresenta um aspeto muito cuidado. Podia ser uma portinhola normal, em chapa ou plástico, como toda a concorrência tem, mas não, é uma bela peça robusta em vidro.
A nível de interiores é, também, muito diferente daquilo a que estamos habituados neste segmento. O que mais salta à vista é, sem sombra de dúvida, a profusão de ecrãs. São tantos que até chega a ser desconcertante!! Basicamente temos os dois retrovisores digitais e, entre eles, ecrãs / monitores, nada mais! Parece o cockpit de um avião!! Para além de podermos controlar e configurar quase tudo nos ecrãs, existem algumas funções operadas por botões físicos dedicados, tais como o volume do rádio ou o A/C. No volante também temos alguns botões, que ajudam a tornar a condução mais confortável. Gosto bastante deste equilíbrio.
Também não faltam tomadas para tudo e mais um par de botas, quer à frente quer nos lugares traseiros. Excelente!!
O ambiente a bordo é bastante bom. Os bancos são confortáveis, a posição de condução idem (mais elevada que o esperado) e a decoração um mimo! Duas tonalidades de tecido a revestir as portas, cintos de segurança em tom castanho e alguns apontamentos a sugerir madeira, sem o ser. Nos lugares traseiros o espaço não abunda, mas é suficiente para dois adultos que não tenham pernas muito grandes. No global tudo muito bem combinado, bem montado, com materiais agradáveis ao toque, excetuando os plásticos, que são para o rijo. Mas tudo tem aspeto sólido!
A condução também é de bom nível. Tração traseira, 150 cv, muito célere nas acelerações e recuperações, muito ágil e bastante "colado" ao chão. Sente-se mesmo o efeito do peso da bateria sob o piso. É estável a velocidades elevadas e até dá a sensação de estarmos a conduzir um carro de segmento superior. A brecagem é inacreditável e está ao nível de um carrinho de choque, o que é excelente para a cidade. A regeneração é modelável de acordo com a preferência do utilizador, sendo possível conduzir apenas com o pedal do acelerador (incluindo imobilizar o carro completamente). Na calçada portou-se bem, com uma insonorização bastante boa.
Este Honda e que conduzi já se manda para os quase 40k eur. Com campanhas e incentivos já vem para uma valor mais interessante, desde que existam. É o carro ideal para condução urbana e suburbana. Tem uma bateria de 35,5kWh (apenas 28,5kWh úteis), com refrigeração líquida, mas não é especialmente rápido a carregar (56kW DC). Não tem perfil para carro de família, pelo espaço reduzido a bordo e bagageira quase inexistente. Também não é o pináculo da eficiência. Faz-se valer, isso sim, de uma estética absolutamente icónica e de muitos mimos para os ocupantes. Racionalmente é difícil de justificar tanto dinheiro num carro destes, mas este é daqueles que puxa mais pelo lado emocional!
Adorei!